sábado, 25 de setembro de 2010

MEIO AMBIENTE COMO COMUNICAÇÃO

O título do blog traz duas expressões que possuem conceitos diversos; porém, há relação entre elas? Melhor dizendo, seria o meio ambiente uma forma de comunicação? Ou não?
Ao ser feita essa pergunta, a resposta imediata e, a princípio, óbvia, é não! Até porque, ao analisarmos os conceitos de comunicação e de meio ambiente, chegaremos facilmente a esta conclusão.
Segundo nossa amiga, a Wikipedia, “comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face-a-face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de telecomunicações, a fala, a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca informacional.”
Já meio ambiente “é o conjunto de condições, leis, influências, alterações e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (definição dada pelo art. 3º, I, da Lei 6.938, de 31.8.81).
Através da análise dos conceitos dados, não poderíamos enxergar o meio ambiente como meio de comunicação; para isso, precisamos ir além de conceitos.
Ao olharmos para nossa volta, o que vemos? Construções, carros, propagandas, muros, multidões... Se esta for a resposta, podemos concluir que estamos em um típico ambiente de cidade grande. Por outro lado, se percebemos plantações, casas rústicas, máquinas e instrumentos agrícolas em nossa volta, podemos concluir que estamos em uma fazenda. Da mesma forma que ao se constatar a presença de água, areia e coqueiros, a primeira coisa que podemos pensar é que estamos em uma praia. A composição do ambiente nos informa sobre onde estamos e ocorrem mudanças em nosso comportamento a partir do momento em que percebemos essas informações.
Exemplo disto pode ser visto em filmes que retratam embarcações, as quais seus tripulantes, em busca de terra firme, se alegram ao encontrar gaivotas voando perto do barco, pois sabem que se há pássaros, há terra. É o meio ambiente se comunicando. A simples observação do ambiente onde estamos pode nos revelar suas características, suas mudanças, suas histórias.
O conhecimento humano, em toda sua evolução, foi construído em grande parte com base na observação de informações obtidas do meio ambiente, o que pode se exemplificado pela disposição das estrelas; ou então pela quantidade de chuva em determinado mês, que muda o comportamento do agricultor sobre o quê e quando plantar. Exemplos deste conhecimento adquirido são vários.
Esta troca de informação feita pelo meio ambiente é de tamanha importância e intensidade que pode mudar completamente a vida dos seres. Como não falar da seleção natural e sua mais célebre explanação, a teoria da evolução das espécies de Charles Darwin?
O meio ambiente é influenciado por aqueles que o compõe e influencia estes do mesmo modo. Espécies sofrem alterações de acordo com as mudanças do ambiente, evoluem, desaparecem, crescem, diminuem, etc. Alterações no clima, na umidade, na vegetação, tudo isso acarreta em mudanças drásticas nos seres locais com o decorrer do tempo. Por outro lado, este mesmo ambiente sofre mudanças de acordo com aqueles que o habita. A atividade humana é responsável pela mais drástica e rápida modificação ambiental que se tem notícia. A sede humana pelo consumo acarreta em danos irreparáveis ao planeta, modificando-o de forma irreparável. Este, em contrapartida, exibe de forma muitas vezes cruel a resposta a esses danos, como enchentes, maremotos, furacões, etc.
Devido a essas trocas de informações, símbolos e influência que o ambiente produz, podemos então dizer que sim, o meio ambiente é uma forma de comunicação.

domingo, 12 de setembro de 2010

CAMPANHA PRAIA LIMPA!






Bom Dia a todos!

Hoje eu gostaria de aproveitar um pouco do tema do post anterior e falar sobre uma campanha bem interessante chamada Praia Limpa.
Como todos sabem, com a proximidade das férias e do verão, devido à esta estação, muitas cidades atraem milhares de turistas para as praias. Com isso, também aumenta a produção de lixos
domésticos e, muitas vezes, as areias viram verdadeiras latas de lixo. Tendo em vista essa preocupação , a SUDEMA (Superintendência de Administração do Meio Ambiente, órgão ambiental do Estado da Paraíba) criou o Programa Praia Limpa, que é uma iniciativa com a função de conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar o litoral, não sujando as praias e colocando o lixo em seu devido lugar.

Esta Campanha vem sendo realizada há 16 anos e possui como principal objetivo o de promover ações educativas e informativas aos usuários da praia, enfatizando a problemática do lixo, bem como a situação da balnealidade das praias, e internalizando a relação harmônica e solidária do indivíduo com o seu meio.


"Natureza da Campanha: A Campanha será realizada como uma Operação de Impacto que marque a população, e que seja eficiente para que ocorra a mudança nos hábitos e costumes na utilização das áreas de lazer naturais. Para caracterizar bem, a necessidade de impacto, será elaborado um Plano de Mídia.
O Plano de Mídia tem como função atingir um público maior possível, incluindo a produção de um clip para Campanha Emergencial. Vinhetas serão veiculadas nas Tvs, rádios, jornais. O Plano de Mídia será elaborado pela Secretaria de Comunicação do Governo do Estado da Paraíba e participa também da Campanha a Assessoria de Imprensa da SUDEMA."

Como descrito acima, o Plano de Mídia é fundamental e pode ser caracterizado como uma das principais ferramentas da comunicação de massa utilizadas para o sucesso do Progama. Abaixo estão duas das vinhetas veiculadas na TV:




Além dessas vinhetas há outras ações estratégicas específicas como palestras, mobilização através do carro de som, faixas e campanhas porta-a-porta, oficinas, concursos, entre outras mais.
É importante comentar também que essa Campanha não se restringe ao Estado da Paraíba, outros estados como Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e a Bahia aderiram, se não do mesmo, de projetos semelhantes como a Campanha Praia Limpa Todo Dia, lançado pelo CRA em 2006 na cidade de Salvador.
Com tudo isso, convido vocês a refletirem um pouco sobre essa questão e se conscientizarem de que manter a praia limpa é muito importante, visto que a destinação errônea do lixo, esgoto e até mesmo a pesca em épocas impróprias ou por meios predatórios, resulta na diminuição da quantidade de peixes, o aumento de doenças e dificuldade financeira pra todos, sem contar com a questão estética também. Sendo assim o recolhimento do lixo, tanto orgânico quanto reciclável, é o principal passo do projeto, portanto não se esqueçam de sempre que forem à praia, levarem sacolas e jogar fora o lixo produzido no lugar devido!

Para maiores informações detalhadas desta Campanha, acessem: http://www.espacoecologiconoar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=4490&Itemid=74



domingo, 5 de setembro de 2010

A ORLA NA MÍDIA

Caros leitores,

gostaria de colocar o meu ponto de vista em relação a derrubada das barracas de praia em Salvador,  e os protestos que estão sendo feitos pelos proprietários das mesmas, uma vez que usam os meios de comunicação para expandir esse movimento.
A determinação de demolição das barracas foi dada pelo juiz Carlos D’Ávila, da 13ª Vara da Justiça Federal. De acordo com ele, as barracas foram construídas ilegalmente porque ocupam uma faixa (areia) que pertence à União. Em sua sentença, o juiz escreveu que a orla de Salvador está “favelizada, imunda, entupida de armações em alvenaria”, e a construção das barracas “reduziu as praias da cidade, outrora belas, no mais horrendo e bizarro trecho do litoral das capitais brasileiras”, tudo isso, “sob o beneplácito de desastrosas permissões de uso, outorgadas pelo Executivo local”. Essa construção ilegal acaba poluindo, de várias maneiras, as praias, além de muitas não terem o saneamento básico adequado, considerando um crime ambiental.




Após dado início ao processo de demolição, os barraqueiros, as causas e as consequencias disso foram alvo de noticiários dos mais diversos tipos: internet, televisão, jornais, rádios etc. Sabendo-se da dimensão que essas mídias alcançam, os intitulados "vítimas" desse caos fazem diversos tipos de ameaças a si mesmos como tocar fogo ao corpo, o que acaba repercutindo em rede nacional e até internacional. Com toda essa dimensão e proliferação do movimento dos barraqueiros, até mesmo uma ordem da Justiça Federal é de certa forma titubiada, mostrando assim a importância e eficácia dos meios de comunicação de massa, uma vez que, a evidência da situação acabe por amenizar os seus efeitos.